domingo, 9 de janeiro de 2011

Não ser criança

Lágrimas,
Tristezas,
Junto duma família,
Crianças a sofrer e
Os pesadelos fazem fila,
Não se imagina a dor no coração
D' um pequenino,
E assim se ouve mais um choro dum menino
Que vai vagueando sozinho na escuridão,
Sempre na esperança duma vida melhor;
O miúdo roga por um pouco de amor.
O puto não é mau mas o padrasto dá-lhe na boca,
A mãe não se rala com o sofrimento que o sufoca,
Implora perdão dum erro que nem cometeu,
Estupor do padrasto que lhe bateu,
Depois duma noite de bebedeira com os amigos,
Chega a casa e o puto corre perigo,
Sua mãe não o defende com medo de apanhar,
Eu não digo que não o ama,
Mas já se esqueceu do que é amar,
(Refrão)
Choro todas as noites,
Sem saber para onde ir,
Não me sinto em casa,
Só me apetece fugir,
Não tenho para onde ir,
Eu não vou aguentar,
Vou fingir que durmo,
Que o meu padrasto está a chegar.
Isto não é vida,
Isto é uma prisão,
O miúdo tinha os sonhos
Que se apagaram na escuridão,
Sonhava jogar a bola,
Sonhava ir à escola,
Mas o padrasto proibiu.
O miúdo agora vive a vida agarrada por um fio;
Desta vez o padrasto abusou,
Chegou a casa e o menino espancou,
Violou,
O rapaz que não aguentou,
Tantos maus-tratos,
Vai parar ao hospital feito em farrapos,
O único culpado é o padrasto,
(Refrão)
Numa cama do hospital,
Choro todas as noites,
Não consigo fechar os olhos,
Pois vejo a imagem,
Será que um dia chegarei à outra margem,
Vou tentar dormir,
Sei que a aqui o meu padrasto,
Não consegue vir,

Sua mãe ao deparar,
Com o seu menino,
Numa cama do hospital,
Toma uma atitude,
Para acabar com aquela vida infernal,
Mete-se no carro dirige-se à policia,
Desabafa tudo,
Diz que o seu marido é,
Uma besta maltrata o seu filho,
Quer que lhe ditem a sentença,
Conseguiu provocar traumas,
Que não vão passar,
Mas sabe que agora há que acreditar,
O miúdo é forte vou tentar me desculpar,
Começar uma vida de novo,
Mais vale tarde do que nunca,
O estupor do padrasto foi a julgamento,
8 Anos de prisão mas mesmo assim,
Existe revolta na multidão,
A vida duma criança destruída,
Por causa daquele …..
Mas nem tudo e mau,
Sua vida deu uma volta de 360 graus,
Agora vemos o puto sorrir,
Os seus olhos que antes eram húmidos,
Hoje são brilhantes,
O miúdo da mais valor a vida,
Que a uma pedra de diamantes,
(Refrão)
Não desisto duma vida melhor,
Sei que no passado vivi sem amor,
Sei que me provocaram muita dor,
Mas hoje eu sou feliz.
Esta história podia ser a tua,
Podia ser a minha,
Podia ser a nossa,
Com um final feliz
Ou triste e diferente,
Mas é mais uma história de muita gente!







Música:
Bruno Rafael (Raphaness)
Letra e Voz:
Tiago ( MC Soldado)
Masterização:
Tiago ( MC Soldado)
Produção:
Tiago ( MC Soldado)
Professora Conceição Afonso
Professor Rui Pereira

Dia da Floresta Autóctone - 23 de Novembro

Há 3 anos que a Casa Alberto Souto contribui para a preservação da biodiversidade, plantando árvores e arbustos autóctones, entre outras actividades. Alunos e professores num gesto simples fazem aumentar o número de árvores e arbustos.
O Centro Nacional das Sementes Florestais – CENASEF - ofereceu sementes de bolotas e 16 árvores autóctones, 10 azevinhos e 6 amieiros para cada aluno plantar e fazer um cartão com o seu nome e o bilhete de identidade científico de cada árvore (nome comum, nome científico, tipo de folha e fruto, localização GPS…), que se atou à planta
Cada pessoa vai cuidar da sua árvore e um dia mais tarde vem ver como está.


SABIAS QUE…
                      A Floresta Autóctone cujas árvores são originárias do próprio território onde habitam e por isso estão mais habituadas às condições climatéricas da região onde vivem, são mais resistentes aos fogos, às pragas, às doenças e a períodos longos de seca e chuvas intensas, em comparação com as espécies introduzidas. São também importantes locais de refúgio às espécies de animais autóctones, algumas em vias de extinção.
Em Portugal temos o Medronheiro, o Zambujeiro (ou Oliveira brava), os Carvalhos, a Azinheira, o Pinheiro manso, o Amieiro, o Freixo, os Salgueiros e arbustos como o azevinho, etc.




Daniel e Prof. Conceição Afonso

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Comemoração do 21º Aniversário da Convenção dos Direitos da Criança


 
Neste 21º Aniversário da Convenção Sobre os Direitos da Criança, que decorreu em Aveiro, de 12 a 20 de Novembro, a organização da iniciativa constituída pela Câmara Municipal de Aveiro, a Universidade de Aveiro e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Aveiro, convidou a Casa Alberto Souto e as diversas entidades da Rede Social para participar, através da realização de propostas que pudessem dar voz às crianças, aos jovens e à comunidade, de forma a expressarem as suas opiniões, preocupações, saberes e gostos para valorizar o programa, envolvendo-nos a todos nas diversas acções, em prol da promoção dos direitos das crianças.

De forma generosa o grupo de alunos e professores da Escola Profissional de Aveiro - EPA aceitou o desafio de serem os “companheiros de viagem”, registando para o futuro as imagens e sons desta incrível semana de actividades.

Com a Casa Alberto Souto, a parceria resultou plenamente! E foi num repto como o tentar abrir uma janela sobre o mundo que fica dentro daqueles portões cinzentos .Naquela tarde invernosa de 20 de Novembro, os jovens da Casa Alberto Souto surpreenderam-nos e tocaram-(nos) indelevelmente com um compassado som hip hop, os ritmos das suas vivências, experiências e sonhos.

A apresentação do trabalho realizado extravasou as nossas expectativas e revelou-se num momento muito especial da tarde. A mensagem de partilha, permitiu-nos assim, chegar um pouco mais perto e ver para além dos portões, jovens cheios de força e esperança em serem melhor, a quem queremos dizer que acreditem em si próprios!

Sabemos que todos os jovens, apesar das dificuldades, têm sonhos e gostam de voar. Por vezes, baixinho, quase rente ao chão. Outras vezes, em arrojados e vertiginosos sobrevoos! Não interessa, o que é importante é que voem. E não estão sozinhos!



Bem hajam, rapazes pela participação e empenho!



P’ la Organização do 21º Aniversário da Convenção Sobre os Direitos da Criança

Ana Paula Marques





Mais uma semana de muito trabalho por causas nobres: as crianças e os jovens. Direitos, nem seria preciso defender! Por serem adquiridos, património pessoal de cada um à nascença. Mas se esta causa pode ser motivo para envolver jovens e crianças a participar na defesa de quem os não tem assegurados, a realizar eventos que valorizam atitudes de cidadania e a mostrar o que são capazes, porque não comemorar seja o que for e sempre?!

Foi com muito orgulho que vi o resultado de um trabalho de coração, de sentimento para participar numa actividade colectiva, mas também mexer no interior de cada um e no sensibilizar os outros para os problemas de todos e de darem a conhecer os seus lados bons e os reflexos dos menos bons. Um poema, uma música e “uma história que podia ser a de muita gente” .

Os meus parabéns a todos os alunos que debateram e ajudaram a pensar sobre este assunto de DIREITOS e em particular ao Tiago Saint-Maurice e Bruno Rafael.

Prof. Conceição Afonso

Natal




Concurso de Ecoescolas Verde

No dia 28 de Outubro fomos a EPA – Escola Profissional de Aveiro participar num Concurso de Ecoescolas Verdes. Começámos a ver um filme feito pelos alunos sobre a biodiversidade e a preservação do ambiente. Era um PowerPoint a falar sobre árvores, lixo, aves, ria de Aveiro e Reserva Natural de S. Jacinto. Baseado no filme respondemos a um inquérito para pontuação. Era um pouco difícil e pedimos ajuda às nossas professoras, mas as outras não deixaram. Depois de uma pausa fizemos um pedi-paper no exterior da escola, em que tínhamos que procurar um maço de tabaco, descobrir regras para andar na floresta e descobrir aromas escondidos em fracos. A última prova foi distribuir vários resíduos no ecoponto em tempo limitado.

 No final foram distribuídos os prémios às equipas vencedoras e todos os participantes receberam uma mochila com 1 pen e livros sobre o ambiente.
As equipas foram todas distinguidas com bonés de várias cores.
Todos gostamos das actividades menos de não termos ficado em primeiro lugar, mas foi divertido; tivemos oportunidade de sair e conhecer pessoas novas e de pôr em prática algumas coisas que já tínhamos aprendido em Educação Ambiental.
Só o Ricardo Guimarães ficou com pena de não ter acabado a actividade por ter de ir embora e no dia seguinte ia definitivamente para casa.
Foi uma tarde muito agradável e diferente.
Fábio
Juliano